Brasil deverá contar com 12 marcas chinesas ainda em 2025

A expansão chinesa no setor automotivo brasileiro é impulsionada pela demanda crescente e por políticas de incentivo à eletrificação

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Cortesia: GAC

O mercado automotivo brasileiro está passando por uma transformação significativa, impulsionada pela crescente presença de fabricantes chinesas. Até o final de 2025, o país deverá contar com ao menos 12 marcas em operação, o que representa o dobro das empresas atuais. 

Esse movimento reforça a importância estratégica do Brasil para a indústria automobilística da China e demonstra o crescente interesse dessas companhias por um mercado considerado promissor.

O aumento expressivo no número de marcas chinesas está diretamente ligado a investimentos em diferentes frentes tecnológicas, incluindo

carros elétricos

, híbridos e a combustão. 

A diversidade de ofertas mostra que os planos dessas fabricantes para o Brasil vão além da eletrificação, contemplando também modelos tradicionais, o que amplia a concorrência com montadoras já estabelecidas no país.

Presença crescente e diversificada

O atual cenário brasileiro conta com seis marcas chinesas em operação, e a expectativa é que esse número dobre até o final de 2025. Entre as companhias já atuantes ou em processo de expansão, estão nomes como

BYD

, GAC, Zeekr e MG. 

Essas empresas vêm ampliando suas operações e consolidando suas estratégias para conquistar espaço entre os consumidores brasileiros.

A BYD é uma das protagonistas desse movimento. Já consolidada como uma referência em mobilidade elétrica, a fabricante chinesa tem intensificado seus investimentos no Brasil e deve ampliar sua linha de produtos com o lançamento de novos modelos totalmente elétricos. 

A presença da empresa no país reflete não apenas a aposta no mercado local, mas também o compromisso com a disseminação de tecnologias sustentáveis.

Outras marcas chinesas que devem reforçar sua atuação no Brasil são a GAC e a Zeekr. Ambas estão de olho no potencial dos veículos elétricos e híbridos, mas também consideram opções a combustão para ampliar sua competitividade. 

A decisão por oferecer múltiplas opções tecnológicas está diretamente relacionada às particularidades do mercado brasileiro, que ainda possui uma base significativa de consumidores com preferência por modelos tradicionais.

A MG, marca pertencente ao grupo SAIC, é mais um nome relevante nesse processo de expansão. Sua chegada ao país promete movimentar o setor, trazendo produtos posicionados para competir com montadoras europeias e norte-americanas já estabelecidas. 

A aposta é em modelos com bom nível de tecnologia embarcada e preços competitivos, o que pode atrair consumidores em busca de alternativas aos veículos convencionais.

Por que o interesse no mercado brasileiro?

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O Brasil deve ter 12 marcas chinesas em operação até o fim de 2025.

A escolha pelo Brasil como destino de expansão não é aleatória. O país se apresenta como uma das maiores economias da América Latina e possui um mercado automotivo robusto, com potencial de crescimento, especialmente nos segmentos de veículos eletrificados.

O aumento da demanda por

carros híbridos

e elétricos no Brasil tem sido impulsionada por políticas públicas que buscam reduzir a emissão de poluentes e promover a sustentabilidade. Programas de incentivo fiscal, facilidades de financiamento e isenções em determinadas regiões têm contribuído para a expansão desse nicho.

Além dos fatores regulatórios, a base de consumidores brasileiros é considerada diversificada, com espaço para diferentes perfis de veículos. Isso torna o Brasil atrativo tanto para fabricantes com foco em produtos de entrada quanto para marcas que pretendem atuar em faixas de preço mais elevadas.

Outro ponto relevante é a competitividade dos produtos chineses em termos de custo. A força da moeda chinesa e a elevada capacidade de produção em larga escala fazem com que os veículos fabricados na China cheguem ao Brasil com preços mais acessíveis em relação aos concorrentes. Esse diferencial competitivo é uma das principais apostas das novas marcas para ganhar espaço no mercado local.

Estratégias de atuação das marcas chinesas

Cada uma das marcas chinesas que planejam operar no Brasil adota estratégias específicas, alinhadas com seu portfólio global e com as particularidades do mercado local. 

Algumas optam por importar veículos prontos para venda, enquanto outras já estudam a possibilidade de instalar unidades produtivas ou centros de distribuição no país, como forma de reduzir custos e atender à demanda de maneira mais eficiente.

O aumento no número de marcas também deve estimular a ampliação da rede de concessionárias e serviços, o que é essencial para garantir o suporte técnico aos consumidores. 

Além disso, a diversificação de opções tende a beneficiar o consumidor brasileiro, que terá à disposição um número maior de modelos, tecnologias e faixas de preço.

Ainda que o foco inicial de muitas marcas seja o segmento de veículos elétricos e híbridos, a inclusão de modelos a combustão demonstra uma adaptação à realidade atual do Brasil. 

Embora a eletrificação esteja em crescimento, a frota circulante e as infraestruturas de abastecimento ainda impõem desafios à popularização dos carros totalmente elétricos, especialmente fora dos grandes centros urbanos.

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As fabricantes da China apostam em modelos acessíveis para competir com marcas tradicionais

Impactos no setor automotivo nacional

A chegada de mais fabricantes chinesas ao Brasil deve provocar uma reorganização do setor automotivo. Com mais opções no mercado, as marcas já estabelecidas terão que rever estratégias comerciais, de produto e de posicionamento para se manterem competitivas.

A competição também pode gerar efeitos positivos para os consumidores, como maior oferta de tecnologias avançadas, redução de preços e elevação dos padrões de qualidade e eficiência dos veículos vendidos no país. Esse movimento pode acelerar o processo de modernização da frota brasileira e estimular a inovação no setor como um todo.

Além disso, a presença ampliada de fabricantes estrangeiras pode impulsionar investimentos em infraestrutura, como pontos de recarga para carros elétricos, redes de manutenção especializada e programas de capacitação técnica. Esses desdobramentos têm o potencial de dinamizar toda a cadeia automotiva, desde a produção até o pós-venda.

A expectativa de que o Brasil conte com ao menos 12 marcas chinesas até o final de 2025 revela uma mudança significativa no perfil do setor automotivo nacional: a reconfiguração na lógica de competitividade entre as fabricantes.

Com investimentos em carros elétricos, híbridos e a combustão, as montadoras chinesas apostam na pluralidade de estratégias para atender às demandas específicas do mercado brasileiro. 

O país, por sua vez, se consolida como um destino estratégico para a expansão dessas empresas, graças ao seu potencial de crescimento, diversidade de consumidores e incentivos à mobilidade sustentável.

A nova fase do setor automotivo brasileiro promete ser marcada pela inovação, pela concorrência global e pela transformação tecnológica com a China desempenhando um papel cada vez mais relevante nesse processo.

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Marcas chinesas no Mercado Livre

Uma alternativa que tem ganhado destaque é a compra de veículos chineses por meio do Mercado Livre. O site tem sido utilizado por revendedores e até por fabricantes para anunciar modelos novos ou seminovos de marcas como BYD, a

GWM

e outras que estão chegando ao país. 

A compra digital oferece praticidade e maior alcance, permitindo que consumidores de diferentes regiões tenham acesso aos novos modelos. Além disso, é possível consultar a

Tabela Fipe

da plataforma para entender melhor o valor médio de mercado do veículo desejado pelos consumidores.

Autor: Luciana Elldorf