
Detalhes das duas versões de A Bela e a Fera
A Bela e a Fera (Animação - 1991)
Direção: Gary Trousdale e Kirk Wise
Produção: Don Hahn
Roteiro: Linda Woolverton
Música: Alan Menken
Letras: Howard Ashman
Montagem: John Carnochan
Elenco (vozes): Paige O'Hara (Bela), Robby Benson (Fera), Richard White (Gastão), Jerry Orbach (Lumiere), David Ogden Stiers (Din Don/Narrador), Angela Lansbury (Sra. Potts)
Duração: 84 minutos
Produtora: Walt Disney Pictures
Prêmios: Oscar de Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Canção Original ("Beauty and the Beast"); Globo de Ouro de Melhor Filme - Comédia ou Musical.
A Bela e a Fera (Live Action - 2017)
Direção: Bill Condon
Produção: David Hoberman e Todd Lieberman
Roteiro: Stephen Chbosky e Evan Spiliotopoulos
Música: Alan Menken
Letras: Howard Ashman e Tim Rice
Montagem: Virginia Katz
Elenco: Emma Watson (Bela), Dan Stevens (Fera), Luke Evans (Gastón), Josh Gad (Lefou), Kevin Kline (Maurice), Ewan McGregor (Lumiere), Ian McKellen (Din Don), Emma Thompson (Sra. Potts)
Duração: 129 minutos
Produtora: Walt Disney Pictures
Prêmios: Indicado a dois Oscars (Melhor Figurino e Melhor Design de Produção).
Duas visões de um mesmo conto
Embora ambas as produções sejam baseadas na mesma história, cada uma oferece uma experiência cinematográfica distinta. A animação de 1991 destaca-se pelo estilo clássico, músicas marcantes e ritmo ágil.
A versão em live action de 2017, por sua vez, aproveita os avanços tecnológicos para criar um mundo visualmente impressionante, além de explorar com mais profundidade a psicologia dos personagens e alguns aspectos da trama.
Diferenças entre as versões de A Bela e a Fera
Um prólogo renovado e uma maldição de maior alcance
Os vitrais que narram a história do príncipe na versão animada foram substituídos. Na versão live action, a maldição acontece durante uma festa luxuosa no castelo e seu efeito nos aldeões é mais radical: eles esquecem completamente da existência do castelo e de seus habitantes, inclusive de familiares.
Maurice, o pai de Bela, já não é inventor
Kevin Kline interpreta Maurice, o pai de Bela, nesta versão. Ao contrário do excêntrico inventor da animação, aqui ele é um artista especializado em caixas de música. Essa mudança adiciona uma nova dimensão ao personagem e à sua relação com Bela.
Bela, uma jovem com habilidades técnicas
Bela continua apaixonada por leitura, mas a versão live action atribui-lhe novas habilidades. Agora, ela possui conhecimentos técnicos que a permitem ajudar seu pai a consertar uma máquina e até elaborar um plano para escapar do castelo.
Villeneuve, o vilarejo com nome próprio
Enquanto na animação o vilarejo de Bela permanece sem nome, na versão live action ele é chamado de Villeneuve, uma homenagem a Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve, autora da primeira versão do conto.
Lefou, um personagem com maior complexidade
Lefou, o fiel seguidor de Gastão, deixa de ser apenas cômico e ganha mais profundidade. Josh Gad adiciona uma nova dimensão ao personagem, explorando sua possível homossexualidade e sua eventual traição a Gastão.
O passado de Gastão e Lefou revelado
A versão live action revela que Gastão e Lefou foram companheiros de exército, o que acrescenta uma nova camada à relação entre eles e explica em parte a frustração e o tédio de Gastão em sua vida atual.
Novas canções e mudanças nas clássicas
A trilha sonora da versão live action inclui novas canções e adaptações das músicas conhecidas da animação. Essas alterações buscam ajustar as músicas ao novo contexto e à realidade dos personagens.
A idade do príncipe, um mistério sem solução
Na versão animada, é estabelecido que o príncipe tem até seu 21º aniversário para quebrar a maldição. No live action, esse prazo é deixado de lado, com a iminência da queda do último pétalo em aberto.
Mudanças na trama e nas motivações
A versão live action traz modificações na trama, como a eliminação do casamento surpresa que Gastão planeja para Bela, o motivo pelo qual a Fera aprisiona Maurice e a forma como Bela descobre a existência da maldição.
Novos personagens e elementos mágicos
A versão de 2017 acrescenta novos personagens, como Cadenza, um músico transformado em piano, e novos elementos mágicos, como um atlas encantado que permite viagens no tempo.
Um passado mais trágico para Bela e a Fera
A versão live action explora o passado de Bela e da Fera, revelando a morte da mãe de Bela e a infância solitária e difícil do príncipe.
Shakespeare, um ponto de conexão entre Bela e a Fera
Romeu e Julieta de Shakespeare se torna um elemento chave na relação entre Bela e a Fera, servindo como um elo emocional.
A maldição e seus efeitos
A versão live action aprofunda a mitologia da maldição, revelando que os afetados perdem progressivamente sua humanidade e, se o feitiço não for quebrado, se tornarão permanentemente objetos.
Um Gastão mais sinistro
Gastão apresenta um lado mais sombrio na versão live action, chegando a tentar matar Maurice e prendê-lo para que seja declarado louco.
O papel da feiticeira
A feiticeira tem um papel mais ativo na versão de 2017, intervindo em momentos decisivos da trama e sendo responsável pela resolução final da maldição.
Inclusão
A versão live action incorpora elementos de inclusão e diversidade, como a homossexualidade de Lefou e a presença de personagens negros no castelo da Fera.
Recepção do público de ambas as versões
Em geral, ambas as versões de A Bela e a Fera foram muito bem recebidas pelo público, embora a versão animada de 1991 tenha tido um impacto cultural muito maior e se tornado um clássico da Disney. Foi um sucesso tanto entre a crítica quanto o público, sendo o primeiro filme animado indicado ao Oscar de Melhor Filme e ganhando os prêmios de Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Canção Original.
O filme se consolidou como um clássico, com músicas memoráveis, personagens cativantes e uma história que ressoou com públicos de todas as idades. Seu impacto na cultura popular é inegável, gerando produtos licenciados, peças de teatro e uma sequência direta em vídeo. Mesmo décadas após seu lançamento, o filme continua sendo considerado uma das melhores animações de todos os tempos e uma obra-prima da Disney.
Por outro lado, a versão live action de 2017 também foi um sucesso comercial, arrecadando mais de um bilhão de dólares em todo o mundo. No entanto, as reações foram mistas.
Apesar de o filme ter sido elogiado pela fidelidade à animação, pelo visual espetacular e pelas atuações do elenco, também recebeu críticas por ser muito semelhante ao original e não trazer inovações. Além disso, gerou controvérsia pela inclusão de um personagem abertamente gay (Lefou) e por algumas mudanças na trama que desagradaram alguns fãs.
A diferença na recepção pode ser explicada por vários fatores. A versão animada tem um valor nostálgico para muitas pessoas que cresceram assistindo a ela, o que influencia sua percepção; além disso, foi inovadora em sua época. Já a versão live action foi vista como uma recriação de algo que já existia.
Também é importante considerar o fator surpresa: a versão animada surpreendeu o público com sua qualidade e história, enquanto a versão live action enfrentava expectativas muito altas e não conseguiu superá-las para alguns espectadores.
Conclusão
Se você ficou com vontade de ver A Bela e a Fera depois de ler essa análise, não se preocupe.
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