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Cavalo De Santo - Religiões Afro-gaúchas - Mirian Fichtner

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O que você precisa saber sobre este produto

  • Gênero: .
  • Manual.
  • Idade recomendada: de 14 anos a 100 anos.
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Características do produto

Características principais

Autor
Mirian Fichtner
Idioma
Português
Editora do livro
Ministério da Cultura / Fundação Cultural Palmares

Outros

Tipo de narração
Manual
Idade mínima recomendada
14 anos

Descrição

Livro em ótimo estado geral de conservação. Possui um pequeno risco ou marca de impacto na contracapa, afetando a parte de trás da sobrecapa e a contracapa (ver fotos).

FICHTNER, Mirian. Cavalo de santo: religiões afro-gaúchas. Porto Alegre, 2010.
168 p.

Livro fartamente ilustrado (153 fotografias).

Capa Dura.

Dimensões: 29 X 29 X 2



Sobre o livro:

O trabalho da fotógrafa brasileira Mirian Fichtner, que ora se apresenta,
demonstra grande sensibilidade desta gaúcha que se dedicou a registrar as
religiões de matriz africana do seu estado, num tempo em que a liberdade de
expressão religiosa se afirma cada vez mais, embora a intolerância ainda seja
uma realidade perceptível em nossa sociedade.

O livro, cuja edição independente recebeu o patrocínio da Fundação
Cultural Palmares e do Ministério da Cultura, do governo federal, foi publicado em 2010, depois de quatro anos de trabalho fotográfico, percorrendo em
torno de cem terreiros no Rio Grande do Sul, visitando cerca de 30 casas e
escolhendo 13 para documentar.

A motivação para a fotógrafa foi o expressivo índice da crença religiosa afro-brasileira apontada pelo Censo 2000, que indicava o Rio Grande do
Sul como tendo o maior número de seguidores: 1,62%. Mirian confessou sua
perplexidade com esses dados, devido à “invisibilidade” e o “ineditismo do
assunto”.

A beleza da publicação inicia-se pelo excelente trabalho gráfi co; encadernado e com papel de boa qualidade, o livro traz todos os seus escritos
também em inglês, assumindo a forma bilíngue, de tal modo a possibilitar um
maior alcance social.

A seleção das imagens, resultado do trabalho de escolha pessoal da autora, demonstra plenamente que Mirian não apenas viu, mas experienciou o
olhar para as manifestações religiosas que se propôs a fotografar. O olhar,
muito mais complexo que o ver, percebe, interpreta, indaga. (Cardoso, 1988).
Seu trabalho, a construção imagética, é uma representação que está diretamente relacionada com a subjetividade desse olhar.

O livro apresenta 153 fotografias reveladoras desse olhar da fotógrafa,
carregado da sua impressão sobre o “outro”, e que revelam também sobre ela
própria, sobre o seu contexto e sobre o lugar de onde fotografava. Revela a
sensibilidade e o envolvimento da artista com seu trabalho, apresenta a força
e o vigor das manifestações religiosas africanistas na contemporaneidade e a
observação atenta de quem está do lado de fora, de quem tem expectativas com
o diferente, com o surpreendente. Suas imagens demonstram um verdadeiro
exercício do “olhar”, da investigação e da busca da compreensão do “outro”.

As manifestações de fé das religiões de matriz africana são o foco da
autora, entre elas a umbanda e o batuque (nome dado ao culto aos orixás,
chamado de candomblé em outras partes do Brasil, porém com características ritualísticas próprias). Documentar visualmente o sagrado como um forte
elemento cultural dos gaúchos e destacar o protagonismo dos religiosos na
preservação da sua fé, que é baseada na oralidade e na tradição, parece ter sido
um dos objetivos marcantes do trabalho de Mirian.

O trabalho vem contribuir com os poucos estudos dedicados às expressões religiosas africanas no Rio Grande do Sul. As fotografias são devidamente
identificadas com legendas ao final do livro, tornando-se fontes de referência e
estudo para os interessados na temática.