Lp Azimuth - Azimuth (disco Nm/translúcido)

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Características do produto

Características principais

Nome do artista del album
o mesmo
Nome do álbum
o mesmo
Marca
O Mesmo

Descrição

Disco NM/Vinil Translúcido



O álbum "Azimuth", lançado em 1975, é o primeiro trabalho de estúdio do grupo instrumental brasileiro Azymuth, que se tornaria uma das bandas mais influentes no cenário do jazz-funk, fusion e música eletrônica. Formado por José Roberto Bertrami (teclados), Alex Malheiros (baixo) e Ivan Conti (bateria), o Azymuth se destacou por sua mistura inovadora de estilos, combinando elementos da música brasileira, como o samba e a bossa nova, com o funk, o jazz e a música eletrônica. Esse álbum de estreia lançou as bases para o som característico do grupo, que eles mesmos descreveriam como "samba doido", uma fusão de ritmos brasileiros com uma abordagem experimental e futurista.

Contexto e história
Na década de 1970, o cenário musical brasileiro era dominado por gêneros como a MPB, o samba e o rock progressivo. Ao mesmo tempo, o jazz-funk e o fusion estavam em alta internacionalmente, com artistas como Herbie Hancock e Miles Davis liderando essa tendência. O Azymuth surgiu nesse contexto, trazendo uma abordagem única que misturava a riqueza rítmica do Brasil com a improvisação e a sofisticação do jazz e do funk.

O trio, já com experiência em trabalhos como músicos de estúdio e acompanhando outros artistas, formou o Azymuth com o intuito de criar uma sonoridade própria e inovadora. A estreia com o álbum homônimo "Azimuth" (às vezes grafado com 'i') apresentou ao público essa fusão, com faixas que combinavam teclados eletrônicos, grooves de baixo marcantes e batidas de samba e funk.

Este álbum foi um sucesso tanto no Brasil quanto internacionalmente, e abriu caminho para que o Azymuth se tornasse um dos grupos mais respeitados e prolíficos da música brasileira e do jazz-funk mundial.

Faixas do álbum


"Linha do Horizonte" – Uma das faixas mais conhecidas do álbum e talvez a mais representativa do som inicial do Azymuth. É uma peça atmosférica e suave, com uma linha de teclado melódica de Bertrami, baixo fluido de Malheiros e uma batida lenta de samba-jazz, criando uma sensação de relaxamento e introspecção. A música se tornou um clássico da banda.



"Melô dos Dois Bicudos" – Uma faixa mais rítmica, que traz uma mistura de samba e funk. Com uma batida mais acelerada e grooves de baixo marcantes, a faixa destaca a habilidade do trio de criar músicas envolventes e dançantes.



"Brazil" – Uma releitura do clássico "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, com um toque moderno e experimental. O Azymuth transforma essa canção tradicional brasileira em uma peça de jazz-funk, mantendo sua essência, mas modernizando seus arranjos com o uso de teclados eletrônicos e ritmos mais acelerados.



"Caça à Raposa" – Uma faixa com forte influência de jazz fusion, com solos de teclado de Bertrami e uma bateria mais solta de Ivan Conti, que explora ritmos complexos. É uma das faixas que exemplifica a habilidade do grupo de improvisar e explorar novas sonoridades.



"Estrada dos Deuses" – Com uma melodia suave e uma atmosfera etérea, essa faixa reflete a influência da música eletrônica e do jazz ambiental que o Azymuth incorporava ao seu estilo. A peça é melódica e contemplativa, com um ritmo mais lento.



"Esperando Minha Vez" – Uma faixa mais voltada para o samba, mas com um toque moderno. O baixo de Alex Malheiros é o destaque, com uma linha de groove que sustenta a música, enquanto os teclados de Bertrami criam texturas sonoras sobre a batida precisa de Ivan Conti.



"Manhã" – Outra faixa mais atmosférica e suave, com uma melodia que evoca a tranquilidade de uma manhã. O uso de sintetizadores e efeitos eletrônicos cria uma sonoridade envolvente e relaxante.



"Periscópio" – Encerrando o álbum, essa faixa traz uma mistura de funk e jazz, com grooves fortes e uma batida mais dançante. É uma faixa que reflete bem a capacidade do trio de combinar ritmos e estilos de maneira única e inovadora.



Importância de "Azimuth"
O álbum "Azimuth" de 1975 foi um marco no desenvolvimento do jazz-funk e da música eletrônica brasileira. Com uma sonoridade inovadora, o grupo conseguiu capturar a essência da música brasileira e misturá-la com as tendências internacionais da época, criando um som que era ao mesmo tempo familiar e futurista.

A mistura de samba com o jazz e o funk, junto com o uso de sintetizadores e instrumentos eletrônicos, foi uma novidade na época e influenciou muitos outros artistas no Brasil e no exterior. O álbum também serviu como porta de entrada para o Azymuth no mercado internacional, onde o grupo se tornou uma das bandas brasileiras mais bem-sucedidas, especialmente no circuito de jazz e música eletrônica.

"Linha do Horizonte" é a faixa mais icônica do álbum e continua a ser um clássico, sendo regravada por diversos artistas ao longo dos anos. O álbum, como um todo, ajudou a estabelecer o Azymuth como pioneiros de um som único e experimental, que continuaria a evoluir nos discos subsequentes.

"Azimuth" é uma obra essencial para quem quer entender a evolução da música brasileira nos anos 1970 e como o samba e a Bossa Nova foram transformados e reinterpretados por novas gerações de músicos que estavam abertos às influências globais.