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A Máquina De Moer Os Dias, De Alves-bezerra, Wilson. Editora Iluminuras, Capa Mole Em Português

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  • Capa do livro: Mole
  • Manual.
  • Número de páginas: 160.
  • ISBN: 09786555191905.
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Características do produto

Características principais

Título do livro
A máquina de moer os dias
Autor
Alves-Bezerra, Wilson
Idioma
Português
Editora do livro
ILUMINURAS
Capa do livro
Mole

Outras características

Quantidade de páginas
160
Tipo de narração
Manual
ISBN
09786555191905

Descrição

Não há ninguém mais exilado do que quem escreve cartas. A esse, é negado o território, o tempo, o diálogo. Para ele, só resta a letra, o refúgio da linguagem. Desde que li Vapor barato (Iluminuras, 2018), noto em Wilson Alves-Bezerra não a fragmentação (tecnicamente natural em se tratando de um romance epistolar como este), mas algo mais: a inconciliável busca de uma unidade, só alcançada no outro, na interlocução impossível no universo dos seus romances. Neste A máquina de moer os dias, o autor está decidido a narrar o exílio (e também o asilo) dos seus personagens, agarrados a fiapos de fala – elemento caro aos psicanalistas. Contudo, a psicanálise é um tipo de literatura, de sinais trocados. Se Vapor barato está para a tal “teoria da alma”, este A máquina de moer os dias dá todos os sinais do caso psiquiátrico. Crônico. Nacional. Sua “sintaxe da loucura”. E, em vez da retórica, do discurso e da catarse mediada, Wilson prefere nos colocar no hiato dessas falas, seus personagens viajando no tempo. Este romance é sobre o lapso, a lacuna, o silêncio. Como narrador, Wilson nos exila nesta sua ucronia, seu todo bem-construído horror vacui. Fragmentário. Agora veja: o fragmento é um polo. Quando se tenta compreender, por exemplo, a história recente e futura do país por ‘polarizações”, se tenta entender o fragmento, o estilhaço da granada, sem se ter entendido ainda a própria granada. É entender o todo pela soma de suas falhas, nessa estranha gestalt. Este romance denso liga os pontos do passado aos do futuro, no presente. Portanto, leitor e leitora, estas cartas surgem onde tudo falhou. E talvez seja quando tudo falhe que se originem todas as missivas: de suicídio, cartas-abertas, de amor, ridículas ou não. As cartas deste denso romance são filhas de alguma forma de lacuna, de falas interrompidas, de ausências. Nessa ideia de deslocamentos no tempo-espaço, emerge outra forma de terror: o fato de nem Milena nem o narrador/remetente nem Clareza Solar, nascendo ou não, nem nós nem ninguém poder fugir ao nosso destino. A palavra é do reino dos carteiros, mas denuncia, antes, a ideia trágica por detrás deste romance, onde não faltam representações da violência política, no Brasil, nas Américas, em todo lugar e em todos os tempos. E, para ficar ainda no universo das cartas, a vida e este romance não admitem post scriptum, vulgo P.S. Eis a verdadeira tragédia. Sidney Rocha

Wilson Alves-Bezerra (São Paulo, 1977) dedica-se à prosa de ficção, à poesia em prosa.

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