Arquivida - do senciente e do sentido, de Nancy, Jean-Luc. Editora Iluminuras Ltda., capa mole em português, 2014
O que você precisa saber sobre este produto
- Ano de publicação: 2014
- Capa do livro: Mole
- Número de páginas: 96.
- Dimensões: 135 mm largura x 205 mm altura.
- Peso: 129 g.
- ISBN: 9788573214444.
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Características do produto
Características principais
Título do livro | Arquivida - do senciente e do sentido |
---|---|
Autor | Nancy, Jean-Luc |
Idioma | Português |
Editora do livro | Editora Iluminuras Ltda. |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2014 |
Outras características
Quantidade de páginas | 96 |
---|---|
Altura | 205 mm |
Largura | 135 mm |
Peso | 129 g |
Tradutores | Vieira Marcela, Ribeiro Maria Paula Gurgel |
ISBN | 9788573214444 |
Descrição
Jean-Luc Nancy é um filósofo sutil, que ao invés de confrontar a tradição para justificar uma posição “própria”, encontra nessa mesma tradição elementos que a relativizam, liberando nela pistas para o presente. É o que acontece nos quatro textos aqui reunidos, e que abordam domínios tão diversos como a tecnologia, a divindade, o toque, a democracia.
Que o leitor não se deixe enganar por essa aparente dispersão, já que uma questão tão simples quanto aguda volta na pluma do autor – a saber, o que significa essa partícula com, à qual Heidegger, pela primeira vez na história da filosofia, deu um estatuto filosófico maior. O que faz com que ela não indique uma mera justaposição de coisas ou pessoas, mas faça sentido, faça mundo? E como assegurar um tal mundo sem impor-lhe desde cima qualquer unidade teológica, política, tecnológica, cuidando para que a vizinhança entre coisas e pessoas e máquinas ao mesmo tempo assegure uma circulação dos sentidos, sem abolir as distâncias e a separação?
No último ensaio, dedicado à política, isso fica claro, ali onde a democracia só pode ser pensada como ser-com, justa-posição, dis-posição, a partir de uma tópica existencial que permite a circulação de sentido. O com não é apenas indício de igualdade, mas sobretudo de compartilhamento e circulação de sentido. É assim que se pode redefinir o povo, não como entidade política, mas como realidade antropológica ou ontológica, onde o sentido, ao mesmo tempo que circula, se interrompe, é suspenso, reaberto, tornado infinito, comunicado, singularíssimo.
Assim, a ilimitação que o autor encontra no mundo contemporâneo, com a proliferação de objetos e finalidades, construções e destruições, não é apenas signo de niilismo. Se tal errância prescinde da hipótese de um Designer inteligente, ela não nos dispensa de uma exigência redobrada em acompanhar o sentido dessa errância de sentido.
O leitor encontrará neste livro pistas para uma leitura de nosso presente, sem recurso a doutrinas prontas ou totalizantes. Ao repensar o estatuto do sujeito como “exposto ao fora”, ao outro, ao toque do outro, o autor retoma a relação à alteridade como definição primordial do sujeito. Talvez seja a partir desse ponto – o “poder de ser afetado” - que o esboço de uma outra ética pode ser vislumbrada, nas condições do ecossistema atual.
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