4 sagas de terror para ver no mês do Halloween

Outubro está aqui, e isso só pode significar uma coisa para os amantes do terror: a temporada perfeita para maratonas de sagas de terror! Se você é daqueles que adoram histórias que nos deixam tremendo de medo, continue lendo, pois hoje trazemos 4 sagas de terror que você não pode perder neste Halloween. 

Prepare-se para aproveitar essas franquias que marcaram história no cinema de terror, estabelecendo padrões que influenciaram gerações e continuam a aterrorizar até hoje.

1- Saga de “O Chamado”

A saga de “O Chamado” (ou “The Ring”) é uma das mais populares no cinema de terror moderno, especialmente nas adaptações americanas de filmes de horror asiático. Baseada no filme japonês Ringu (1998), dirigido por Hideo Nakata, e no romance de Koji Suzuki, esta saga é um "must" quando se considera uma icônica série de terror para o Halloween. Esta adaptação foi crucial para levar o terror psicológico japonês ao público ocidental, mantendo elementos como a fita de vídeo amaldiçoada, mas adaptando outros para agradar ao público de Hollywood.

A essência de O Chamado está em sua atmosfera sombria, com um terror que se constrói lentamente, gerando inquietação e tensão crescentes. Ao contrário do terror mais explícito, o filme de Verbinski aposta no mistério e na sugestão, mantendo a presença de Samara, a jovem espectral, como uma ameaça que se insinua antes de se manifestar completamente. Essa atmosfera, junto com a história de uma maldição particular, fez de O Chamado um fenômeno cultural e reavivou o interesse pelas adaptações de terror asiático no Ocidente. Seu sucesso abriu caminho para outros remakes, influenciando a forma como o medo seria retratado no cinema de terror do século XXI.

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o CHAMADO

Sinopse de “O Chamado” (2002)

Rachel Keller (Naomi Watts) é uma jornalista investigando a misteriosa morte de sua sobrinha e outros adolescentes, todos aparentemente mortos após assistirem a uma fita de vídeo estranha. Diz-se que aqueles que assistem ao vídeo recebem uma ligação informando que morrerão em 7 dias. 

Determinada a encontrar respostas, Rachel assiste à fita e logo recebe a fatídica ligação. Agora, ela corre contra o tempo para descobrir a origem da maldição antes que sua vida e a de seu filho, Aidan, estejam em perigo.

Lista de filmes da saga

Versão japonesa:

Versão americana:

Detalhes dos bastidores

A direção de O Chamado foi realizada por Gore Verbinski, que soube adaptar a atmosfera inquietante e o mistério da versão original japonesa para o público ocidental. O enfoque visual de Verbinski foi sombrio e estilizado, utilizando paisagens desoladas, tons frios e uma ambientação chuvosa que acentuava a sensação de isolamento e desesperança. O filme se apoiou no uso de efeitos práticos combinados com digitais para dar vida às visões de Samara e à famosa cena em que o espectro emerge da tela da televisão.

Naomi Watts, no papel de Rachel Keller, entregou uma atuação fundamental para a credibilidade da história, interpretando uma mãe desesperada para salvar seu filho enquanto enfrenta uma ameaça incompreensível. O jovem David Dorfman interpretou Aidan Keller, o filho de Rachel, cujo comportamento inquietante contribuiu para a atmosfera do filme. Daveigh Chase deu vida a Samara, a garota fantasmagórica, cuja aparência desalinhada e movimentos espasmódicos se tornaram ícones na cultura do terror cinematográfico.  A história de Samara, seu isolamento e o tratamento que recebeu de sua família, acrescentou uma camada de tragédia ao personagem, tornando-a mais do que apenas um monstro sobrenatural.

Curiosidades e crítica

O Chamado foi elogiado por sua capacidade de criar uma atmosfera de medo constante sem recorrer aos sustos fáceis, comuns nas produções de terror da época. O filme explorou o medo do desconhecido e do inevitável, utilizando o conceito de uma maldição transmitida por meio de uma fita de vídeo, algo comum no cotidiano dos espectadores, o que o tornou ainda mais inquietante.

Uma curiosidade destacada é que Daveigh Chase adotou uma interpretação sutil e perturbadora para Samara, inspirando-se nos movimentos do teatro Kabuki e na dança Butoh, estilos que já haviam influenciado a Sadako da versão japonesa. Além disso, a cena de Samara saindo da televisão foi realizada com uma combinação de efeitos práticos e digitais que, embora simples em execução, causaram um grande impacto visual e emocional no público.

A crítica elogiou O Chamado por sua habilidade de manter a essência do terror japonês ao mesmo tempo em que incorporava um estilo próprio característico do cinema de Hollywood. Embora alguns puristas de Ringu considerassem que a adaptação diluía certos elementos culturais da original, a maioria reconheceu o mérito de levar a história a um público mais amplo e criar uma experiência de terror memorável e distinta do que predominava em Hollywood na época. O Chamado foi um sucesso tanto de crítica quanto de bilheteria e é considerada uma das melhores adaptações de horror japonês, abrindo portas para uma nova era de remakes de filmes de terror asiáticos.

2- Saga de “Atividade Paranormal”

A saga de “Atividade Paranormal” é outro dos maiores sucessos do cinema de terror contemporâneo, destacando-se especialmente no subgênero de found footage ou gravações encontradas. A franquia começou em 2007 com o filme “Atividade Paranormal” e, desde então, expandiu-se em várias sequências e spin-offs que exploram a história de uma família atormentada por eventos sobrenaturais. O filme original foi realizado com um orçamento muito reduzido e filmado com câmeras caseiras para criar uma experiência mais imersiva e realista, simulando gravações de segurança dentro de uma casa. Seu sucesso veio de seu enfoque minimalista: em vez de mostrar o monstro diretamente, jogou com a sugestão e o medo do desconhecido, criando um ambiente de tensão constante. A saga revitalizou o subgênero de terror de baixo orçamento e provou que, às vezes, o que não se mostra pode ser mais assustador do que o que é visto. Também impulsionou uma geração de filmes de gravações encontradas. Cada filme da série acrescentou elementos à história central, ampliando a narrativa da família afetada e da entidade maligna que a persegue, oferecendo diferentes perspectivas sobre os eventos que desencadeiam a atividade paranormal.

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aTIVIDADE PARANORMAL

Sinopse de “Atividade Paranormal”

O primeiro filme da saga segue Katie e Micah, um jovem casal que acabou de se mudar para uma casa em San Diego. Desde a sua chegada, eles começam a experimentar eventos estranhos durante a noite, como ruídos inexplicáveis, portas que se movem sozinhas e sombras que cruzam os cômodos. Micah decide instalar uma câmera no quarto para registrar o que acontece enquanto dormem, na esperança de descobrir o que está acontecendo.

À medida que as noites passam, a atividade paranormal se torna cada vez mais violenta, com a entidade focando sua atenção em Katie. Apesar da crescente ameaça, Micah insiste em manter a câmera ligada, o que parece apenas enfurecer ainda mais a presença sobrenatural.

No caso de “Atividade Paranormal 2”, esta atua como uma prequela do primeiro filme, concentrando-se na irmã de Katie, Kristi, e sua família, que também começam a experimentar fenômenos estranhos. A história se passa antes e durante os eventos do primeiro filme, explicando como a maldição e a entidade chegaram até Katie e Micah. É estabelecido um vínculo narrativo entre o primeiro e o segundo filme, que amplia a história e explica a maldição que persegue a família.

Kristi vive com seu marido Dan, sua filha Ali e o bebê da família, Hunter, em uma casa onde, pouco depois de um suposto roubo, decidem instalar câmeras de segurança para monitorar o local. O que inicialmente parece uma precaução após o assalto se torna a ferramenta perfeita para documentar a crescente atividade paranormal que se desenvolve na casa.

Filmes da saga

  • Atividade Paranormal (2007)

  • Atividade Paranormal 2 (2010)
  • Atividade Paranormal 3 (2011)

  • Atividade Paranormal 4 (2012)

  • Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal (2014)

  • Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma (2015)

  • Atividade Paranormal: Parentesco (2021)

Detalhes dos bastidores

O primeiro filme de “Atividade Paranormal” foi escrito, dirigido e produzido por Oren Peli, que aproveitou um orçamento de apenas $15.000 para criar um filme que acabaria arrecadando mais de $190 milhões mundialmente.

O filme foi rodado na própria casa de Peli, em San Diego, e os atores Katie Featherston e Micah Sloat foram escolhidos por sua naturalidade e capacidade de improvisar, já que o roteiro era mais um esboço do que um texto fixo. Essa técnica permitiu que as atuações fossem mais realistas, contribuindo para a autenticidade do found footage.

Para “Atividade Paranormal 2”, a direção ficou a cargo de Tod Williams, que manteve o estilo visual das câmeras estáticas, mas com uma produção mais refinada. Mais câmeras de segurança foram adicionadas para ampliar a perspectiva da casa e aumentar a sensação de que os personagens estavam sendo constantemente observados.

Curiosidades e crítica

“Atividade Paranormal” foi um ponto de inflexão no cinema de terror, similar ao que foi “A Bruxa de Blair” nos anos 90. Seu sucesso não se deveu apenas ao seu enfoque inovador de found footage, mas também à campanha de marketing que acompanhou o lançamento do filme, promovendo-o como um evento assustador que os espectadores precisavam “solicitar” para ser exibido em suas cidades. Uma curiosidade interessante sobre o primeiro filme é que Oren Peli filmou vários finais antes de decidir qual seria o definitivo. Na verdade, o final que chegou aos cinemas foi uma sugestão de Steven Spielberg, que apoiou a distribuição do filme pela DreamWorks. A crítica teve opiniões divididas, mas muitos elogiaram a capacidade do filme de criar tensão com recursos mínimos, utilizando sons, portas que se fecham lentamente e a expectativa do que poderia acontecer fora de cena. As críticas mais negativas se concentraram na lentidão do desenvolvimento, especialmente para os espectadores acostumados a um terror mais rápido e direto. Em relação a “Atividade Paranormal 2”, a crítica reconheceu sua habilidade de expandir a história do primeiro filme e conectar os eventos de ambos de forma coerente. No entanto, alguns críticos apontaram que a fórmula começava a se tornar previsível, embora a conexão familiar e os novos elementos da história mantivessem o interesse dos fãs da franquia.

4- Saga de "Pânico"

A saga de “Pânico” é um ícone do cinema slasher moderno. Foi lançada em 1996 com a intenção de revitalizar esse gênero, que havia declinado no final dos anos 80 e início dos anos 90. Essa saga é famosa por seu enfoque metatextual, onde os personagens estão cientes das regras e clichês dos filmes de terror, adicionando uma camada de engenhosidade e autocrítica que ressoou profundamente com o público. A essência de “Pânico” está em sua capacidade de combinar elementos do terror clássico com humor e comentário social, desafiando constantemente as expectativas do gênero. Isso não apenas revitalizou o subgênero slasher, mas também influenciou inúmeras produções posteriores que tentaram replicar seu estilo autocrítico e seu foco na narrativa do "quem é o assassino".

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pâNICO (1996)

Sinopse de “Pânico” (1996) 

O primeiro filme da saga segue Sidney Prescott (interpretada por Neve Campbell), uma jovem estudante do ensino médio que se torna o principal alvo de um misterioso assassino mascarado conhecido como Ghostface.

Após uma série de assassinatos brutais em sua cidade, Sidney e seus amigos se veem presos em um jogo mortal enquanto tentam descobrir a identidade do assassino antes que seja tarde demais. A tensão aumenta quando Ghostface começa a ligar para suas vítimas, fazendo perguntas sobre filmes de terror, e qualquer resposta errada pode ser fatal.

Filmes da saga

Detalhes dos bastidores 

A direção de Wes Craven foi fundamental para o sucesso de “Pânico”, já que ele soube equilibrar o terror e o humor de uma maneira que poucos diretores conseguiram. O roteiro de Kevin Williamson é inteligente e repleto de referências a outros filmes de terror, o que acrescenta uma camada extra de diversão para os fãs do gênero.

As atuações de Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette foram essenciais para dar vida aos personagens, tornando-os figuras queridas e recorrentes na franquia.

A máscara de Ghostface, que se inspirou na pintura "O Grito" de Edvard Munch, tornou-se um símbolo do cinema de terror, e seu design simples, porém assustador, desempenhou um papel importante no sucesso da saga.

Curiosidades e crítica 

“Pânico” foi elogiado por seu enfoque metatextual e por sua capacidade de renovar o gênero slasher, que na época parecia ter esgotado suas ideias. O filme brincou com as expectativas do público ao apresentar personagens que conheciam as regras dos filmes de terror, o que se tornou um elemento central da saga.

Uma curiosidade interessante é que o roteiro original de Kevin Williamson tinha várias cenas de morte que foram modificadas para torná-las mais impactantes e sangrentas, devido ao enfoque de Wes Craven em aumentar o suspense e o terror.

4- Saga de “Horror en Amityville”

A saga de “Terror em Amityville” se tornou uma das franquias mais longas e emblemáticas do cinema de horror, inspirada nos supostos eventos paranormais ocorridos em uma casa em Long Island, Nova York.

O primeiro filme, “Horror em Amityville” (1979), é baseado no livro homônimo de Jay Anson, que relata a experiência da família Lutz ao se mudar para uma casa onde ocorreu um assassinato brutal. No entanto, o remake de 2005 deu uma nova abordagem à história, modernizando e revitalizando a narrativa para o público do século XXI, com um foco mais intenso e aterrorizante.

O remake de 2005, dirigido por Andrew Douglas e estrelado por Ryan Reynolds e Melissa George, se destaca por sua atmosfera mais sombria e estilo visual atualizado. Ao contrário da versão original, que se concentrava mais no desenvolvimento lento do terror psicológico, esta versão aposta em uma narrativa mais dinâmica e visualmente impactante, amplificando os elementos sobrenaturais e as cenas perturbadoras para criar um ambiente de terror mais visceral. 

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hORROR EN AMITYVILLE (2005)

Sinopse de “Horror em Amityville” (2005)

O filme de 2005 segue a família Lutz, que se muda para uma grande casa em Amityville, Nova York, onde anos antes ocorreu um terrível assassinato múltiplo. Desde o início, a casa começa a manifestar fenômenos paranormais inquietantes, incluindo vozes sussurrantes, aparições fantasmagóricas e eventos inexplicáveis.

George Lutz (interpretado por Ryan Reynolds) começa a sofrer uma transformação cada vez mais sombria e violenta, influenciado pela presença maligna que habita na casa, colocando em risco a segurança de sua família.

Comparado à versão original de 1979, dirigida por Stuart Rosenberg, o remake foca mais no declínio mental e físico de George Lutz, destacando sua evolução para a loucura de uma maneira mais explícita e aterrorizante. Enquanto o filme de 1979 se baseava em um terror mais sutil e psicológico, com um ritmo lento e uma atmosfera de crescente inquietação, o remake intensifica o medo por meio de efeitos visuais mais impactantes e um ritmo narrativo mais rápido.

Filmes da saga

  • Horror em Amityville (1979)

  • Amityville II: A Possessão (1982)

  • Amityville 3-D (1983)

  • Amityville 4: A Fuga do Mal (1989)

  • A Maldição de Amityville (1990)

  • Amityville: É Hora de Matar (1992)

  • Amityville: Uma Nova Geração (1993)

  • Amityville: A Casa de Bonecas (1996)

  • Horror em Amityville (remake) (2005)
  • Amityville: O Despertar (2017)

Detalhes dos bastidores 

O remake de 2005 se destaca por seu estilo visual refinado e pelo uso de efeitos especiais modernos para intensificar as cenas de terror. Andrew Douglas, o diretor, escolheu uma estética mais sombria e perturbadora, usando tons frios e uma iluminação inquietante que acentuavam a sensação de perigo iminente.

As atuações foram um fator importante para o sucesso do remake, com Ryan Reynolds oferecendo uma interpretação surpreendentemente sombria e convincente, afastando-se de seus papéis cômicos habituais para mostrar um lado mais sinistro. Melissa George, no papel de Kathy Lutz, acrescenta uma dimensão emocional ao personagem, representando o desespero e o medo de uma mãe lutando para proteger sua família de uma ameaça incompreensível.

Curiosidades e crítica 

O remake de 2005 foi bem recebido por sua abordagem moderna e por intensificar o terror em comparação com a versão original. Os críticos elogiaram a atuação de Ryan Reynolds, que surpreendeu muitos com sua interpretação séria e perturbadora de um homem enlouquecido pelas influências malignas da casa.

O filme também foi elogiado por seu ritmo mais rápido e por sua habilidade de manter o público à beira dos assentos com sustos bem executados e uma atmosfera inquietante.

Uma curiosidade sobre essa versão é que, durante as filmagens, o elenco e a equipe de produção relataram ter vivenciado eventos estranhos no set, o que contribuiu para a aura mística que cerca a saga de Amityville. Essas experiências coincidem com a história real que inspirou a franquia, onde a família Lutz também relatou fenômenos paranormais na casa após se mudar para lá. Além disso, o design de produção foi meticulosamente detalhado para recriar a aparência sinistra da casa, baseada nas descrições e fotografias do local real.

Conclusão

Essas 4 sagas não apenas definiram o padrão no cinema de terror, como também criaram uma experiência única que ressoa com o público. Desde o sobrenatural até o psicológico, cada uma oferece uma jornada assustadora que nos lembra por que amamos o gênero.

Então, se você está em busca de uma história de maldição, um assassino mascarado ou fenômenos paranormais, essas franquias são o complemento perfeito para sua lista de filmes de Halloween. Você se atreve a mergulhar neste maratona do medo? Você pode assistir a essas e muitas outras na plataforma Mercado Play gratuitamente.