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"É fragrante fojado dôtor vossa excelência", de Carla Akotirene. Editora Civilização Brasileira, capa mole, edição 1 em português, 2024

  • Ano de publicação: 2024
  • Com índice: Sim
  • Capa do livro: Mole
  • Gênero: Ciência política.
  • Conto.
  • Número de páginas: 336.
  • Dimensões: 15.5 cm largura x 22.5 cm altura.
  • Peso: 0.4 kg.
  • ISBN: 09786558021148.

Descrição

DESCRIÇÃO DO PRODUTO

Carla Akotirene faz uma crítica feminista e decolonial dos procedimentos jurídicos expondo a institucionalização do racismo e a perseguição punitivista da população negra.

“É fragrante fojado doutor vossa excelência” concentra as principais críticas de Carla Akotirene aos aparelhos jurídicos brasileiros, aqui representados pela Vara de Audiência de Custódia do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. As audiências de custódia são uma oportunidade de as pessoas presas em flagrante delito manifestarem os motivos da detenção e as condições de tratamento a que são submetidas pelas forças policiais e judiciais. Em sua abordagem original, Carla Akotirene apresenta essas audiências em “cenas colonais”, nas quais atores jurídicos – juízes, defensores públicos, procuradores e policiais –, performam como se seguissem um ritual preestabelecido. Nessas “cenas coloniais”, a antiga ordem escravocrata, em que senhorios brancos arbitram sobre vidas negras, continua sendo a regra. Esses atores sofrem a pressão vertical da opinião pública sobre a legalidade das prisões, conferindo fé pública aos policiais executores da prisão em flagrante e impondo aos acusados suas diligências.

As audiências de custódia, segundo Carla Akotirene, são definidoras dos números de encarceramento da população negra no Brasil. Com pouca margem para exercerem a autodefesa e muitas vezes mal instruídos sobre seus direitos, muitas dessas pessoas são fichadas e marcadas pelo sistema prisional por meio de provas plantadas. Sua atuação junto aos aprisionados transforma a pesquisa de campo em sabedoria.

Ao invocar a epistemologia de Xangô, Akotirene apresenta uma revisão crítica do pensamento social e do estigma que paira sobre o Judiciário. Ela se vale de ferramentas de interseccionalidade, dos instrumentos jurídicos da cosmopercepção filosófica dos bantos e dos iorubás e das declarações de inocência do Antigo Egito através da filosofia de Maat. Com esses exemplos de Justiça, Akotirene lança um olhar sobre o Judiciário brasileiro e observa que a atuação nas audiências de custódia são o caminho para o desencarceramento da população negra que deve encontrar o seu destino de liberdade.

Para Carla Akotirene, a prisão é o próprio racismo, e o racismo é colonial. Libertar a população negra do encarceramento em massa é um dos maiores desafios do movimento contemporâneo, uma vitória a ser conquistada pelo movimento negro e que representará o fim das “cenas coloniais” e a superação da ordem segregadora na sociedade brasileira.

FICHA TÉCNICA

Autor: Carla Akotirene
Páginas: 336
Editora: Civilização Brasileira
Idioma: PORTUGUES
Encadernação: BROCHURA
ISBN-13: 9786558021148

ASSUNTO

Ciência Política

DIMENSÕES

Altura: 22,50cm
Largura: 15,50cm
Espessura: 1,60cm
Peso: 0,400kg

Aviso legal
• Idade recomendada: de 18 anos a 99 anos.

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