Fortuna Crítica, De Renato Ortiz., Vol. 1. Editorial Zouk, Capa Mole Em Português

Descrição

Esta publicação nasceu das reflexões realizadas por Renato Ortiz no âmbito do projeto "Fortuna Crítica", criado no primeiro semestre de 2021 pelo Departamento de Sociologia e o Programa de Pós-Graduação em Sociologia. A iniciativa tinha como objetivo celebrar o legado intelectual de seu corpo docente, consolidar sua memória e destacar suas contribuições à sociologia.

Renato foi nosso primeiro convidado e se animou a sistematizar, em cinco palestras, seus principais achados sociológicos nas áreas da religião e cultura popular, identidade, nação e cultura, modernidade e modernidade-mundo, mercado de bens simbólicos e trabalho intelectual.

A fortuna crítica de Renato à sociologia é inestimável. A revisita à sua obra nos permite tanto aprender a "fazer" sociologia, quanto evitar eternos retornos a problemas teóricos que seguem como o centro das atenções da comunidade intelectual nacional e internacional, como a relação entre local e global.

O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp e seu Departamento de Sociologia muito se orgulham desse legado. Esperamos que esta obra seja uma fresta por meio da qual leitores/as de longa data possam revisitar as ideias de Renato. E aqueles e aquelas que ainda não a conhecem, possam espia-la e se animar a visitá-la.

Por Bárbara Castro

Revisitar a obra de Renato Ortiz não é uma homenagem ao autor. É uma chance de ver as ciências sociais brasileiras por um de seus mais brilhantes operadores. Ortiz atravessa uma larga série de temas. Alguns ele próprio formalizou e concedeu o status de objeto legítimo nas ciências sociais. Foi assim com a globalização e assim mais recentemente com o luxo. Outros, ele reinterpretou de maneira original e tão convincente que, como afirma Marcelo Ridenti, parece que suas interpretações sempre estiveram entre nós.

São os casos das análises sobre religião, cultura popular, modernidade e identidade nacional. Ler este livro não é, portanto, somente aprender sobre o trabalho de Ortiz, mas sobre as ciências sociais. Mais ainda, é aprender sobre o ofício do sociólogo e se inspirar pelo talento e a paixão do autor deste livro por nosso ofício.

Por Michel Nicolau Netto