História Da Pedagogia - Vol. 4, De Louis Riboulet. Editora Liceu, Capa Mole, Edição 1 Em Português, 2020

Descrição

O programa da Idade Média compreendia as Sete Artes Liberais. No século XVI, organizou-se o ensino das humanidades e, em seguida, alguns educadores de tendências naturalistas o consideraram pouco conforme às realidades da vida. No século XVIII, a Alemanha abriu as primeiras escolas reais. Maria Teresa, influenciada pelo Emílio, diminuiu, nos colégios, a parte dedicada ao classicismo. Na França, os Enciclopedistas e os pedagogos da Revolução, especialmente Diderot, Lakanal, Daunou, Condorcet, propuseram a substituição das humanidades por estudos científicos. No século XIX, o ensino moderno se expandiu por todos os países civilizados. Seria injusto contestar a necessidade desse ensino. Mas o que se questiona é se possui o mesmo valor educativo que as humanidades clássicas, que têm a seu favor resultados magníficos. Segundo Voltaire, devemos a esses métodos "os nomes mais célebres do nosso país", incluindo os grandes escritores, a maior parte dos inventores e dos sábios mais ilustres dos três últimos séculos. Atualmente, verifica-se que os alunos com melhores classificações para admissão às escolas superiores, em sua maioria, cursaram as humanidades clássicas. Observa-se que os defensores do ensino moderno visavam principalmente vantagens econômicas e materiais. Há quem diga que certos opositores dos estudos clássicos são motivados por duas paixões: a busca pela igualdade, que não toleraria nem mesmo a aristocracia da inteligência; e a irreligiosidade, que vê na abolição do ensino do latim um meio de prejudicar a Igreja. A disputa do cientificismo contra o ensino tradicional não tem apresentado resultados positivos.