Jâmblico Sobre Os Mistérios Dos Egípcios, Dos Caldeus E Dos Assírios

Descrição

JÂMBICO: SOBRE OS MISTÉRIOS DOS EGÍPCIOS, DOS CALDEUS E DOS ASSÍRIOS

JÂMBLICO (em grego: Iámblichos), foi um grande filósofo neoplatônico e neopitagórico, que nasceu em meados do século II d.C. em Cálcis (Síria) e faleceu na terceira década do século III em Apameia (Síria). Poucos são os elementos biográficos que temos. Com aproximadamente 20 anos Jâmblico viajou a Roma para estudar com o filósofo aristotélico Anatólio, discípulo do neoplatônico Porfírio. Cinco anos depois, em 275, deu sequência aos seus estudos na Escola Neoplatônica de Roma, fundada em 244 d.C. por Plotino, recém-falecido (em 270), dirigida então por Porfírio, de quem se tornou aluno. Com a morte deste em 305, tornou-se o terceiro reitor (escolarca) da Escola Neoplatônica de Roma, quando formalizou um currículo muito preciso de estudos, estruturado em graus de complexidade e de aprofundamentos sucessivos: 1º ciclo, as obras de Aristóteles; 2º ciclo, as obras de Platão; e, 3º ciclo, os Hinos órficos e os Oráculos caldeus de Juliano o Teurgo.
Em 313, Jâmblico retornou à Síria, onde fundou uma nova Escola Neoplatônica na cidade de Apameia (perto de Antioquia). Com a sua morte em Apameia por volta de 330, seus sucessores como reitores da Escola foram seus ex-alunos Sopatros de Apameia, Edésios da Capadócia e Eustácio da Capadócia, professores do fundador da Escola Neoplatônica de Atenas (no fim do século IV), Plutarco de Atenas (350-432), e do seu grande discípulo Siriano.
O neoplatonismo, herdeiro do platonismo e do aristotelismo, nasceu no Egito (Alexandria) no início do século II d.C. com Amônio Sacas, tomou forma na Itália (Roma) com Plotino e Porfírio, e então se deslocou primeiro para a Síria com Jâmblico e, depois, para Atenas com os imensos filósofos Plutarco de Atenas, Siriano e Proclo.
O imperador romano Juliano (331-363) tinha uma admiração ilimitada por Jâmblico, tanto que se referia a ele como “o divino Jâmblico”.
Embora tenha sido um autor prolífico, quase tudo se perdeu. Dos vários comentários que escreveu sobre as obras de Platão e de Aristóteles, só nos chegaram fragmentos; e dos dez volumes que elaborou sobre as doutrinas de Pitágoras, sobreviveram apenas os quatro iniciais, o primeiro dos quais contendo a obra clássica VIDA DE PITÁGORAS. A outra obra de Jâmblico que sobreviveu ao tempo é aquela que a Editora Polar publica agora pela primeira vez em língua portuguesa: SOBRE OS MISTÉRIOS DOS EGÍPCIOS, DOS CALDEUS E DOS ASSÍRIOS, numa tradução realizada por Ruan Carlos de Sena Mangueira a partir de duas boas traduções do original grego para o inglês: a de Emma C. Clarke e John M. Dillon (2003), e a de Thomas Taylor (1818).

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