La Prisonnière, De Proust, Marcel. Editora Folio, Capa Mole

Descrição

Ao despertar, seja verão ou inverno, o clima parisiense invade o quarto do Narrador, fronteira entre o mundo e o íntimo. "Foi principalmente do meu quarto que percebi a vida exterior durante esse período." Aproveitando a ausência de sua mãe, ele instalou em sua casa a mulher amada, Albertine, passageira clandestina que mantém escondida e vigia a cada saída, temendo que ela prefira outro homem ou outra mulher. Como retê-la? Deve-se adornar a gaiola do belo pássaro, presente após presente, em um excesso de luxo? Abandonar por ela a saída, a viagem, a vida, consumindo-se em um ciúme infundado? Louco de amor e dor, ele se torna gradualmente o prisioneiro de sua prisioneira. Enquanto isso, Albertine torna-se a carcereira de seu carcereiro. O amor seria a valsa melancólica de duas vítimas consentidas?

Neste magnífico romance introspectivo lançado em 1923, Proust desenvolve magistralmente sua visão da ciúme, corolário necessário do amor. Este extraordinário confinamento é o relato de uma paixão desmedida, que consome a si mesma. "La Prisonnière" oferece uma das mais belas reflexões da literatura sobre a impossibilidade do amor, embora eternamente reiniciado.