Mesma Coisa, A, de Felipe Fortuna. Editora Topbooks, capa mole em português

Descrição

Poeta, crítico, ensaísta e tradutor, Felipe Fortuna, estreante em 1986, aqui apresenta seu quinto livro de poemas. Intitulado A Mesma Coisa, o livro é composto por três poemas. O primeiro compartilha o título com a obra. Seguem-se "O Suicídio" e "Contra a Poesia". Os títulos, incluindo a coincidência entre o geral e o do primeiro poema, são intencionais. As designações devem ser compreendidas como partes de uma única frase. A mesmidade do curso cumprido contrasta com a mesmice. A obra sugere algo perturbador: a mesmice é o espectro do mundo contemporâneo, um desafio que foi superado apenas pela coragem de nomes como Alfonsina Storni, Hart Crane, Georg Trakl, Cesare Pavese, Sylvia Plath, Paul Celan, Vladímir Maiakovski, Serguei Iessênin. Se esses nomes representam o ápice da superação da mesmice, o poema 3, em sentido oposto, confronta a responsável pela acusação lançada ao mundo: a poesia. Questiona-se sobre sua responsabilidade em provocar "uma saudade infinita" e suscitar desafios impossíveis. A poesia é responsável, sobretudo, por trazer o risco consigo, como explicitado no segundo poema: "Todo poema toca ao menos no gatilho". Os poemas 2 e 3 alteram a perspectiva do primeiro e maior poema, de maneira similar à relação entre corolários e o teorema ao qual se associam. Eles encontram no primeiro poema o seu fundamento, derivando do conhecimento da regra.