Os novos escribas: O fenômeno do jornalismo sobre investigações no Brasil, de Nascimento, Solano. Editora Arquipélago Editorial Ltda., capa mole em português, 2010
O que você precisa saber sobre este produto
- Ano de publicação: 2010
- Capa do livro: Mole
- Gênero: Acadêmico.
- Subgênero: Línguas.
- Número de páginas: 112.
- Dimensões: 140 mm largura x 210 mm altura.
- Peso: 172 g.
- ISBN: 9788560171118.
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Características do produto
Características principais
Título do livro | Os novos escribas |
---|---|
Subtítulo do livro | O fenômeno do jornalismo sobre investigações no Brasil |
Autor | Nascimento, Solano |
Idioma | Português |
Editora do livro | Arquipélago Editorial Ltda. |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2010 |
Outras características
Quantidade de páginas | 112 |
---|---|
Altura | 210 mm |
Largura | 140 mm |
Peso | 172 g |
Gênero do livro | Acadêmico |
Subgêneros do livro | Línguas |
ISBN | 9788560171118 |
Descrição
“Há uma grande diferença entre descobrir uma irregularidade e descobrir que alguém descobriu uma irregularidade”, avisa Solano Nascimento na frase de abertura deste livro provocador. Ele está se referindo a uma transformação silenciosa – e maléfica – que ocorre no jornalismo dito investigativo no Brasil: não é mais o próprio repórter que desvenda as maracutaias e falcatruas, mas autoridades que têm a obrigação de fazer isso, como policiais, promotores, procuradores e outros agentes de órgãos de fiscalização. Ao jornalista cabe apenas ter acesso àquela fita, ao tal dossiê, ao vídeo comprometedor.
Para detectar essa tendência, o autor observou a cobertura jornalística dos escândalos políticos nas três principais revistas semanais do país – Veja, IstoÉ e Época – em todos os anos em que houve disputa presidencial desde a redemocratização, da eleição de Fernando Collor de Mello, em 1989, à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Com apuro científico e analítico, Solano Nascimento demonstra que a transformação do “jornalismo investigativo” no que ele chama de “jornalismo sobre investigações” é uma realidade incômoda.
Ao abrir mão de investigar por si mesmo, o jornalista fica mais vulnerável ao risco de ser usado pela fonte que passa a informação e pode perder o controle sobre o próprio trabalho. Em outras palavras, o repórter deixa de ser um autor para se tornar um escriba, aquele que resigna a reproduzir a obra dos outros – o que é ruim para a imprensa, e terrível para a sociedade.
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