Poesia Reunida - Volume 2, De Carlos Nejar. Editora Novo Século Em Português
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O que você precisa saber sobre este produto
- Gênero: Poesia.
- Conto.
- ISBN: 09788576792369.
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Características do produto
Características principais
Título do livro | Poesia Reunida - Volume 2 |
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Autor | Carlos Nejar |
Idioma | Português |
Editora do livro | Novo Século |
Outras características
Gênero do livro | Poesia |
---|---|
Tipo de narração | Conto |
Idade mínima recomendada | 18 anos |
Idade máxima recomendada | 99 anos |
ISBN | 09788576792369 |
Descrição
DESCRIÇÃO DO PRODUTO
Carlos Nejar reúne sua poesia (quase) completa nos volumes AMIZADE DO MUNDO E JOVEM ETERNIDADE. Falamos de 'quase' em dois sentidos: não apenas pelo fato de alguns textos não integrarem a coletânea (como, por exemplo, OS VIVENTES, 1999), mas também porque, para Nejar, nenhuma poesia consegue ser rigorosamente 'completa'. Definindo-se, mais de uma vez como 'Servo da Palavra', Nejar sabe que poeta é aquele que persegue o impossível, uma espécie de acendedor de relâmpagos, ébrio de uma luz que, depois de passar, deixa o escuro mais escuro, pelo contraste com o brilho extinto. Vestígios dessa luz ainda queimam as mãos do poeta: palavras-labareda com que ele reviverá a memória do clarão perdido no corpo do texto encontrado. No panorama da moderna poesia brasileira, Nejar ocupa uma posição consolidada, e, sob vários aspectos, à contracorrente de suas tendências mais ostensivas. O diálogo do poeta é antes com as grandes vozes da lírica ocidental (Dante, Goethe, e, mais próximos, Pound e Eliot) do que com seus contemporâneos, sem esquecermos o fascínio que lhe desperta o que poderíamos denominar 'discursos fundadores': a Bíblia, a Ilíada, Os Lusíadas - não para celebrar confortavelmente a segurança de uma 'origem', mas, ao contrário, para indagar o que há aquém do zero, ou, na ponta oposta do futuro, para perscrutar o que se esconde ainda além do invisível. Verbo dos deslimites, na coabitação de tempos antagônicos, de geografias díspares, concretas e impalpáveis ('Nos sentamos/ na tora de um milênio'). Verbo porta-voz dos ventos, dos abalos sísmicos, que se alça ao tom profético e místico ('Tudo é continuação de outra continuação mais inefável: Deus'), mas verbo que também sabe infletir-se na dicção intimista das canções à bem-amada Elza: 'Provados somos e o provar é um gomo/ desta romã partida pelas águas./ Somos o fruto, somos a dentada/ e a madureza de ir no mesmo sonho'. Mas, sobretudo, palavra movida pela paixão, pelo apelo e apego ao outro, pela solidariedade aos que, perdendo memória e identidade, a recuperam pela invenção do passado, ou pela promessa de um futuro forjado contra o olvido e contra o precário. É o que se lê em de seus mais belos poemas, 'Contra a esperança', tramado num sutilíssimo confronto dialético entre a esperança e o desespero: 'É preciso esperar contra a esperança./ Esperar, amar, criar/ contra a esperança/ e depois desesperar a esperança/ mas esperar,/ enquanto um fio de água, um remo,/ peixes/ existem e sobrevivem/ no meio dos litígios.'. Numa época em que a contenção, o minimalismo, são erigidos, por muitos, à categoria de inviolável mandamento estético, pode surpreender a exuberância discursiva de Nejar, que o leva, por exemplo, ao cultivo do poema longo, ou mesmo ao poema-livro. A questão é complexa, pois percebemos que o 'fluvial' corresponde apenas a uma das facetas de seu repertório de formas. Tal repertório inclui igualmente a prática microscópica do haicai, atravessa, com excelente resultado, o livro de sonetos (Amar, a mais alta constelação, Sonetos do paiol), transita desenvoltamente da veia lírica à épica (solapando também as fronteiras entre prosa e verso) em várias obras, dentre essas a que concentra, talvez, o projeto de maior fôlego e de mais densa envergadura da poesia nejariana: A idade da aurora (1990). Classificado, pelo próprio autor, de 'rapsódia', o texto, numa sucessão vertiginosa de metáforas ('E é um caracol a manhã pelo rugir das chamas', 'O mundo é uma baleia'), recria miticamente um Brasil de cores, sons, aromas, sob forma de uma fábula arquetípica a que não faltam traços de oralidade aliados a uma sofisticada trama de imagens. O poeta, mais do que criar metáforas para conotar um real que lhes seria preexistente, sugere que, ao contrário, só através da metáfora o real se pode constituir, como um de seus efeitos - seja uma pétala, seja um país.
FICHA TÉCNICA
Autor: CARLOS NEJAR
Páginas: 180
Editora: NOVO SECULO
Idioma: PORTUGUES
Encadernação: BROCHURA
ISBN-13: 9788576792369
ASSUNTO
Poesia
DIMENSÕES
Altura: 23,00cm
Largura: 16,00cm
Espessura: 1,00cm
Peso: 0,400kg
Aviso legal
• Idade recomendada: de 18 anos a 99 anos.
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