Roupa Suja (polêmica Alegre): Onde Se Faz O Panegírico De, De Moacyr Piza. Editora Chão - Editora 34, Capa Mole Em Português

Descrição

Sátira polêmica que revela as faces pouco generosas das oligarquias, "Roupa Suja" acompanha a maré de publicações de escribas obscuros como José Agudo, Hilário Tácito, Moacyr Piza, Juó Bananére, Ivan Subiroff e o caricaturista Voltolino. Engajados em periódicos como O Pirralho, O Queixoso, O Parafuso, entre outros, esses autores marcaram a cultura cômica da Belle Époque paulista.

Moacyr Piza destaca-se por sua participação nas dissidências do Partido Republicano Paulista (PRP), retratando episódios hilariantes como a traquinada de um baile festivo, onde líderes do PRP dançam maxixe, e a farsa da Escola do Partido em dia de formatura, com Washington Luís como um diretor de circo burlesco.

A obra não poupa críticas e lança um olhar satírico sobre diversos preconceitos e infâmias, sem hesitar em apontar figuras da sociedade como decentes ou canalhas. A sátira, nem sempre bem-vista pelas sociedades, encontra em "Roupa Suja" um exemplo de como pode latejar amargas filosofias, especialmente no Brasil, onde satiristas foram muitas vezes excluídos da história.

Elias Thomé Saliba resgata a memória desses satiristas, lembrando as palavras de Machado de Assis que, ao usar a arma de Swift, definiu as elites brasileiras como caricatas e burlescas.