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Samuel Beckett e seus duplos - espelhos, abismos e outras vertigens literárias, de Vasconcellos, Claudia Maria De. Editora Iluminuras Ltda., capa mole em português, 2017

O que você precisa saber sobre este produto

  • Ano de publicação: 2017
  • Capa do livro: Mole
  • Gênero: Literatura e ficção.
  • Subgênero: Teatro.
  • Número de páginas: 192.
  • Dimensões: 130 mm largura x 200 mm altura.
  • Peso: 236 g.
  • ISBN: 9788573215564.
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Características do produto

Características principais

Título do livro
Samuel Beckett e seus duplos - espelhos, abismos e outras vertigens literárias
Autor
Vasconcellos, Claudia Maria De
Idioma
Português
Editora do livro
Editora Iluminuras Ltda.
Capa do livro
Mole
Ano de publicação
2017

Outras características

Quantidade de páginas
192
Altura
200 mm
Largura
130 mm
Peso
236 g
Gênero do livro
Literatura e ficção
Subgêneros do livro
Teatro
ISBN
9788573215564

Descrição

Não há nada de trivial ou inócuo na simetria particular que a figura do duplo, absolutamente central à literatura moderna, e não apenas a ela, evoca. Desde o título do seu Samuel Beckett e seus duplos Espelhos, abismos e outras vertigens literárias, Cláudia Maria de Vasconcellos aponta para uma configuração especialmente complexa que o recurso assumiu na obra final de um dos grandes da literatura do século XX, cuja importância excede em muito a autoria de Godot e Molloy. Em Improviso de Ohio (1980), miniatura dramática musical e densa como um poema, a dramaturga e pesquisadora, também autora de Teatro inferno: Samuel Beckett (Terracota, 2012), encontrou um caso de exploração total e inovadora do duplo, espécie de culminância da história de um recurso literário cujos capítulos essenciais foram escritos por nomes fundamentais, como Edgar Allan Poe, E.T.A. Hoffmann e Dostoiévski, sem esquecer mestres modernos, como Pirandello, Gide, Thomas Bernhard e Georges Perec. O teatro beckettiano tardio, o dos dramas em miniaturas, faz o espectador duvidar da inteireza da sua percepção, dos limites da sua identidade, da própria solidão ou da companhia que o cerca. 'Talvez eu esteja só imaginando coisas', 'eu não estava lá', 'ouvi você distintamente'. Falamos de obras que se instalam na oscilação perpétua entre imagem e presença física, realidade e imaginação, e se espelham numa forma que equivale a um passeio rigoroso, sem amarras, nem limites definidos, entre gêneros (lírico, narrativo e dramático), modalidades afetivas (ironia, simpatia) e atmosferas, entre solidão e companhia, deixando espectador, leitor e personagens na mesma idêntica (e dividida) condição: sozinhos juntos, bela fórmula beckettiana que resume o paradoxo que a insólita figura do duplo propõe, combinando divisão e repetição, espelhamento e oposição, desconforto e descoberta. A engenhosa arquitetura de Samuel Beckett e seus duplos Espelhos, abismos e outras vertigens literárias se aproxima aos poucos e sorrateira da complexidade dos múltiplos níveis de duplicação propostos por Improviso de Ohio. A estratégia é apresentar, com minúcia informada e perspicácia analítica, momentos anteriores da obra de Beckett em que seus personagens encaram duplos (enxergando a si mesmos exteriorizados, seres autoscópicos, ouvindo-se a partir de vozes exteriorizadas, acusmáticas), em que a construção da obra se duplica internamente, e narradores narrados a consideram a cada passo da sua própria criação, a um só tempo criadores e criaturas (as narrativas encaixadas do miseenabyme), em que a experiência transfigurada na literatura flerta com a máscara autobiográfica, confundindo real e ficção, por fim, com uma vertigem mais aguda, em que se produz um embaralhamento entre o tempo da fruição e o da experiência, o leitor/espectador forçado a projetar-se nas disposições e incertezas também de personagem e autor, tomado integralmente pela invenção ficcional. Esse diálogo interno à obra beckettiana se completa com aberturas para outras justaposições reveladoras, em que o autor de Fim de partida se ilumina a partir de leituras paralelas imprevistas, como a que o aproxima de Gide ou de Perec, ou da exploração de afinidades conhecidas, como as que o ligam a Bernhard ou Pirandello, ampliando, e muito, o alcance deste instigante (e notável) ensaio. Fábio de Souza Andrade

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