Tudo sobre TV: História, evolução e tecnologias

Entenda como a

televisão

surgiu e se desenvolveu até chegar nos modelos com tecnologia de ponta que conhecemos atualmente. Confira a diferença na fabricação dos modelos mais vendidos e as vantagens por trás de cada tecnologia empregada.

A invenção da televisão não pode ser atribuída a uma pessoa apenas, mas a uma série de fatores e descobertas que levaram muitos cientistas pelo mundo a realizar experimentos e inventar versões deste mesmo produto que, a partir da industrialização e produção em massa, foi apenas evoluindo. A seguir, confira a cronologia com as principais datas que marcam  a história deste aparelho tão primordial nos dias de hoje. 

A seguir, o artigo destaca quais as datas importantes na trajetória dos

televisores

desde sua invenção e quais as tecnologias empregadas ao longo do tempo.

Como já vimos, as primeiras televisões eram robustas e estruturadas, muito longe do formato slim que estamos acostumados a ver hoje em dia. As fabricantes de televisão seguiram este formato por muito tempo, até a introdução das telas planas no início dos anos 2000. 

Com a popularização deste tipo de tela, houve a descoberta de diversas tecnologias que permitiam fazer a transmissão de imagens sem a necessidade dos tubos de raios catódicos, sendo elas a LCD, o plasma e, mais tarde, o LED e suas variantes. 

Apesar de seguirem o mesmo propósito, que é possibilitar a transmissão em televisores com tela plana, deixando o aparelho mais leve e otimizando a experiência do consumidor, as tecnologias empregadas têm diferenças entre elas. 

O LCD, ou Display Cristal Líquido, faz a transmissão das imagens por meio deste componente. As imagens são projetadas por um painel luminoso chamado blacklight, que fica atrás da tela.

Embora o LCD já não seja tão utilizado para televisões, ainda é muito empregado em monitores de desktops, notebooks e tablets. 

Neste época havia uma disputa entre o plasma e o LCD, que findou quando o LED passou a ser empregado na fabricação, deixando os televisores ainda mais leves, com mais eficiência energética 

O sistema de transmissão da

TV

de plasma se baseia em minúsculas lâmpadas fluorescentes no interior do aparelho. O plasma, ou seja, um gás com carga elétrica, contido dentro de cada luzinha fazia com que fossem criados os pixels das imagens na tela. Esta tecnologia caiu em desuso com a ascensão das TVS de LED, já que o plasma deixava os aparelhos mais pesados e consumiam muita eletricidade para funcionar. 

Em 2004, a Sony foi a primeira marca a investir em televisores de LED, que é a tecnologia mais usada atualmente, embora já tenham outros métodos mais avançados, como o QLED. OLED e Nanocell. As televisões deste tipo só chegaram ao Brasil anos depois pelas mãos da

e ficaram financeiramente acessíveis a partir dos anos 2010.

Ainda feitas de LED, as televisões tiveram melhorias significativas para acompanhar o mercado do entretenimento, com emissoras fazendo transmissões em HD e Full HD, além do sinal digital, que substituiu o sinal analógico em quase território nacional, sendo que o prazo final para o desligamento do antigo sinal se encerra em 2025, quando o país todo passa a receber apenas o sinal digital. 

Buscando sempre inovação e proporcionar uma experiência cada vez melhor para o cliente, empresas de tecnologia estão investindo em modelos mais dinâmicos, leves, ultrafinos e sofisticados. 

Entre as inovações estão as tecnologias empregadas na projeção da imagem na tela e nos métodos usados para controlar brilho, contraste e cor, melhorando a qualidade do que é transmitido. 

O televisor OLED é uma das novidades que está  se popularizando. Derivada do LED, esta tecnologia promete trazer mais nitidez para as imagens projetadas na tela, com menos saturação e desbotamento de cores, captação de detalhes e imagens com mais vivacidade. 

Em resumo, neste método, ao invés da televisão ter um painel com luzes minúsculas, aqui os pixels são emissores de luz própria, o que gera uma qualidade maior em relação a cor e contraste, e ainda gera um preto mais real, deixando mais visível até as cenas mais escuras. 

As principais fabricantes que estão empregando esta tecnologia são a LG e a Samsung. 

Conhecida como televisão de ponto quântico, esta também é uma variação do LED, mas, neste caso, o painel é coberto por um filtro de pequenos pixels de material semicondutor, os quais absorvem a luz e emitem cores mais reais. Também é empregada a tecnologia HDR, deixando a experiência ainda melhor. E outro detalhe: este tipo de TV tem recursos para equilibrar a luminosidade da tela com a do ambiente. As principais marcas de televisores QLED são a Samsung, LG,

Philco

e TCL. 

Tecnologia exclusiva da LG, as televisões de nanocell são de LCD, então, nanopartículas são posicionadas acima dos cristais líquidos e atuam como um filtro de cores. Neste caso, apenas as cores vermelho, verde e azul são exibidas na tela e, como formam o padrão RGB, todas as outras cores são formadas a partir delas, o que torna as imagens mais vivas e realistas, já que puxam os tons mais puros destas três cores.

Ainda sobre a nitidez de imagens transmitidas, uma outra tecnologia bem atual são as televisões em 4 ou 8 K, que prometem uma resolução superior às televisões Full HD, que é a tecnologia imediatamente anterior e mais difundida no mercado atualmente. 

Nas televisões 4K, a resolução é de 8 milhões de pixels, ou seja, quatro vezes maior que a Full HD, proporcionando imagens mais nítidas e de maior qualidade. Elas podem estar associadas às tecnologias LED, OLED ou Q LED. 

No caso das TVs em

8K

, que ainda não são tão compradas por causa do custo, a resolução é 16 vezes maior que a de um televisor Full HD, com 33 milhões de pixels.

Outro detalhe é que a resolução em 8K exige alta velocidade de internet para suportar transmissões online, sendo que o mínimo necessário para que o vídeo, filmes e outros programas não fiquem lentos ou travando é uma internet de 25 megabytes por segundo. 

Como ainda são inovações recentes, as produções, sejam em emissoras ou nos streamings não chegam nestas resoluções, então, as imagens serão ajustadas conforme as configurações da TV, mas ainda não é possível aproveitar 100% deste recurso. Assim, as televisões Full HD ainda lideram as vendas. 

Com a popularização da Internet das Coisas (IoT) e os serviços de streaming como Netflix, Amazon Prime, HBO Max, entre outros, o modo de ver televisão também mudou. Agora, o entretenimento não se resume a zapear pelos canais, já que agora existe a oportunidade de ver qualquer filme, programa e séries diretamente na televisão e esta é a maior vantagem das

smart

tvs. 

Basicamente são televisões com conexão Wi-Fi nas quais a interface intuitiva oferece uma busca fácil pelos streamings. Neste caso, o telespectador só terá acesso àqueles nos quais ele tem uma conta. 

Além dos conteúdos on demand, quem tem uma

smart TV

também pode aproveitar o serviço de TV por assinatura, já que algumas agora transmitem seus programas também por aplicativo, que basta ser conectado na TV. Porém, este recurso precisa ser consultado junto à operadora. 

Comumente os televisores ainda têm o recurso de Assistente de Voz, o que torna o uso mais fácil, já que a TV pode ser controlada apenas por comandos de voz de quem está assistindo. 

Outro recurso é a possibilidade de transformar a TV no centro de comando em casas inteligentes, basta que o aparelho seja compatível com o assistente virtual que tem na residência. 

Os televisores são parte quase fundamental em todas as casas, embora o modo de ver TV tenha mudado muitos nos últimos anos, especialmente pela facilidade em encontrar conteúdo para além das emissoras sejam de canais abertos ou fechados. 

Assim como sua invenção, a evolução dos televisores também foi feita de forma coletiva, com cada fabricante pesquisando novas tecnologias para fazer com que seu produto se destacasse em relação à concorrência, como o exemplo citado da Samsung, que foi a primeira a trazer as televisões de tela plana para o Brasil, o que se popularizou mais tarde com outras fabricantes também disponibilizando modelos com as mesmas funções.