Guia completo: tipos de pedais de guitarra e como escolher o melhor

Com sistemas próprios responsáveis por alterar diferentes características sonoras, os pedais de guitarra deixam o instrumento ainda mais versátil e com timbres únicos. Com construção individual, é possível ter diferentes pedais e conectá-los de diversas formas.

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Guitarrista programando o pedal

Com o controle do sinal elétrico emitido pela

guitarra

, foi possível tocar para mais pessoas e manipular características desse sinal antes que ele chegue ao amplificador e aos falantes, o que muda completamente o que escutamos. Assim, o

pedal de guitarra

aparece e acompanha o instrumento. 

É possível alterar diferentes frequências, cortar e modificar ondas sonoras, acrescentar repetições periódicas do que foi tocado, somar a reverberação de diferentes ambientes, entre outros efeitos. 

Assim, você vai encontrar a explicações sobre:

  • Pedais de ganho

  • Pedais de modulação

  • Pedais de ambiência

  • Pedais dinâmicos

  • Pedais de pitch e tonalidade

  • Pedais variados

Segue com a gente e confira tudo na sequência.

Como funciona o pedal de guitarra?

Quando tocamos as cordas da guitarra, o instrumento emite um sinal elétrico originado pela ressonância. Esse sinal é reconhecido pelos captadores, que os emitem para uma saída, seja um amplificador, placas ou pedais. Estes, são responsáveis por alterar esse sinal, que passará por um circuito elétrico que interfere de forma digital ou analógica.

Assim, é comum usar diversos pedais conectados em uma cadeia que processará, em diferentes circuitos, o sinal enviado pelos captadores.

Quais os tipos de pedais de efeito?

Após saber como cada efeito funciona e que tipo de som produz, podemos compreender como conectar os pedais na cadeia de sinal para obter determinados timbres. Com isso, também podemos escolher nosso primeiro pedal.

Abaixo, confira os principais modelos.

Pedais de ganho

Responsáveis por aumentar o volume e o ganho do som, fazendo-o distorcer. São efeitos característicos para Rock, Blues e outros estilos. Os pedais de ganho podem distorcer o som com maior ou menor intensidade.

Os pedais dessa categoria alteram o formato da onda, cortando frequências e a deixando “quadrada”. Entre os pedais de ganho, encontramos distintas categorias:

Distorção e overdrive

O

pedal de distorção

e o

pedal de overdrive

são responsáveis por aumentar o volume e ganho do sinal por clipagem no seu circuito, o que deixa o som com aspecto mais sujo e com maior sustain. Porém, há uma diferença importante entre eles.

Tanto nos pedais de overdrive quanto nos de distorção, encontramos controles de ganho, nível de distorção e variação do volume do efeito, na maioria dos modelos

Boost

O

pedal de boost

impulsiona o sinal e aumenta o volume e o ganho de forma sutil, sem distorcer o som de forma marcante. Assim, pode ser usado para ressaltar o instrumento sem que o timbre fique notoriamente marcado. Ainda, é possível encontrar pedais com boost e overdrive. 

Por fim, em pedais de boost clássicos, há um potenciômetro que aumenta o ganho do sinal.

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pedal para guitarra boost

Fuzz 

O

pedal de fuzz

é responsável por criar uma onda sonora quadrada, seca e com presença marcada de graves no início do processamento do efeito. É o tipo mais agressivo de pedal de ganho, que deixa o som da guitarra com um aspecto “cortante”.

Nesse tipo de pedal, podemos encontrar o controle de ganho, nível de efeito e volume final.

Pedais de modulação

Os

pedais de modulação

são responsáveis por criar novos sinais e misturá-los com o sinal original, limpo ou seco enviado para o pedal. Cada tipo de modulação funciona de uma forma e produz um efeito específico, como sensação de ondulação ou um leve eco ao fundo de cada nota tocada. 

Abaixo, conheça os pedais de modulação mais usados. 

Phaser

O

pedal de phaser

mistura o sinal que chega ao pedal a uma onda com fase ajustada. Assim, as frequências fora de determinada fase se cancelam e geram um efeito de ondulações sonoras levemente distorcidas. Ele funciona de forma parecida com um auto-wah, já que o cancelamento de fases e frequências nos dá essa sensação de abertura e contração do som. 

Nesse pedal, é comum encontrar o controle das posições do filtro de fase (speed/rate), a quantidade de efeito aplicado (level), os picos e vales do filtro em relação à onda sonora (depth) e o controle do retorno do sinal de saída que volta ao pedal (feedback).

Flanger

O sinal que entra no

pedal de flanger

original seco é misturado com um sinal atrasado oscilante. Esse sinal volta à cadeia com efeito de retorno harmônico. Com esse pedal, é possível obter um som “metalizado” e “robotizado” com a guitarra.

Os controles comumente encontrados são o de velocidade na variação do atraso (rate), a quantidade de efeito que será aplicada ao som final (depth) e o retorno do sinal de saída à entrada (feedback)

Chorus

O chorus é um efeito ocasionado pela mistura do sinal limpo com um sinal atrasado e desafinado sutilmente. Com o

pedal de chorus

, podemos ter a impressão de 2 instrumentos tocados ao mesmo tempo, ou de um violão de 12 cordas, por exemplo. 

Há 3 controles comuns para esse tipo de pedal, mesmo que em muitos modelos possam haver apenas 2 controles, ou mais de 4, por exemplo. Os principais são os potenciômetros que regulam o volume de efeito em relação ao sinal original (mix ou level), intensidade do chorus (depth) e velocidade do efeito de coro e de giro de sinal (rate).

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pedal para guitarra chorus

Vibrato

O efeito do

pedal de vibrato

é de uma alteração constante no tom da guitarra, que aumenta e diminui de forma periódica. É como se estivéssemos tocando o instrumento e usando a alavanca de modelos com ponte móvel de forma ordenada e regular.

Os principais controles são os de nível de efeito (level) e intensidade de efeito (speed). Porém, é possível encontrar pedais com mais controles, como o de posição de filtro ou efeito de giro no som final. Isso se explica porque é comum que os pedais de vibrato sejam acompanhados de outros efeitos, como o chorus. 

Tremolo

O funcionamento padrão do

pedal de tremolo

é alternar de forma constante e regular o nível de volume do sinal, o que dá um efeito de som que vai e vem, como o nome sugere. Assim, é possível encontrar pedais com controles de intensidade do efeito (level), velocidade da alternância de volume (speed) e forma como a onda pode ser alterada (depth). 

Pedais de ambiência

Os pedais de ambiência acrescentam ecos e reverberações ao som do instrumento. Assim, são responsáveis por criar distintos ambientes e reproduzir o reverb, por exemplo, de distintos locais, como igrejas, salas pequenas ou grandes salões. Vale lembrar que eles podem ter um efeito analógico (que deforma as últimas repetições de sinal de forma sutil) ou digital (que conserva as características).

Delay

O

pedal de delay

cria repetições simultâneas em intervalos de tempo controlados pelo guitarrista. Assim, é possível tocar uma nota e a escutar pela segunda vez em pequenas, médias e grandes frações de tempo depois (como milésimos de segundo a mais de 1 segundo). 

Há pedais de delay digital e analógicos. Os primeiros reproduzem o som emitido de forma idêntica a cada repetição, e podem possuir funções extras (como o efeito reverso). Já os analógicos costumam ter sonoridade vintage, já que de forma sutil a onda a cada repetição. 

Os controles encontrados podem variar de acordo com o modelo, mas é comum vermos o controle de volume do efeito (mix), o tempo entre as repetições (time) e a quantidade de repetições ao longo do tempo, ou seja, do sinal de saída que volta para a entrada (feedback).

Reverb

Dá o efeito de ambiência e reverberação sonora, como o nome indica. Assim, o

pedal de reverb

pode criar diferentes ambientes e dar a impressão de outros espaços sonoros. 

Como é um efeito amplo e com muitas possibilidades, há diferentes modelos, com controles avançados ou apenas o controle de intensidade de reverberação (reverb), quantidade de efeito (mix) e forma como a onda é alertada na reverberação (tone).

Pedais dinâmicos

São os pedais responsáveis por controlar o volume da guitarra e de diferentes frequências que compõem o som resultante do sinal enviado. 

Compressor/sustainer

O

pedal compressor

corta determinadas frequências emitidas pelo instrumento, o que faz com que o som saia mais aberto, fechado, grave ou agudo, dependendo da forma como o regulamos. 

É comum encontrar nesses modelos o controle da intensidade do efeito (level) o tempo que o som da guitarra permanece até ser cortado (sustain) e o nível de compressão (attack).

Pedal equalizador

Com o controle de volume de diferentes frequências, o

pedal equalizador

altera o som final do instrumento, permitindo que o guitarrista tenha maior controle sobre o aspecto sonoro final. 

Pedais de expressão

Os pedais de expressão permitem o controle em tempo real pelo usuário, já que possuem um potenciômetro controlado pelo movimento do pé no pedal (semelhante às antigas máquinas de costura manuais). Assim, é possível controlar a alternância de frequência, o nível de volume e a afinação do instrumento, dependendo do modelo. 

Wah-wah

O

pedal wah-wah

se tornou um clássico por possibilitar o controle na alternância entre frequências agudas e graves. Assim, o som da guitarra parece abrir e contrair no espaço. 

Mesmo que haja modelos com funções extras (frequências que serão cortadas, acréscimo de distorção e delay) o mais comum é encontrar o pedal de expressão que aciona o footswitch e permite o controle do efeito wah. 

Volume

Com funcionamento simples, o

pedal de volume

controla o nível de sinal de saída, deixando o som mais ou menos intenso. 

Outros pedais

Podemos encontrar, ainda, diversos outros pedais, que modulam o som de muitas formas, cortam frequências ou alteram a afinação do que tocamos (ou mesmo harmonizam o que fazemos com notas acrescentadas). Entre muitos modelos, o

pedal afinador

é um dos mais importantes, pois possibilita afinar o instrumento sem que o sinal seja enviado para a saída. É ideal para estudos, shows e gravações. 

Qual é a ordem dos pedais de guitarra?

Não existe uma ordem correta e exata, dado que cada pedal altera características específicas do sinal e pode ser usado da forma que o guitarrista preferir. Assim, se você busca ter um delay final do som (já distorcido ou com frequências ajustadas), deverá colocar o pedal de distorção antes do de ambiência. Porém, isso pode mudar se você quiser distorcer o som das repetições emitidas pelo delay.

O que encontramos são recomendações de guitarristas e de fabricantes que seguem uma ordem lógica da manipulação de sinal eletrônico para conectar os pedais. Assim, podemos tomar como estrutura básica a seguinte ordem:

Guitarra → Afinador → Wah-wah → Alteradores de afinação → Compressor → Drive (distorção, fuzz e overdrive) → Equalização → Volume → Modulação → Ambiência → Amplificador ou placa de som

Como colocar o pedal na guitarra?

Para usar um pedal de efeito na guitarra, é preciso certificar-se que ele está ligado (seja por pilha, bateria ou com uma fonte de alimentação externa) e, com isso, conectar o instrumento ao pedal através de um jack P10. Vale lembrar que a guitarra deve ser conectada na entrada, no Input do pedal. 

Transforme seu som com os pedais de guitarra

Seja para deixar o timbre mais sujo, acrescentar ecos, repetições, alterações de frequência ou intensidade de volume, os pedais de guitarra permitem o uso do instrumento para diversos contextos, criando identidades sonoras distintas e passando sensações únicas para momentos específicos. Assim, podem ser usados para marcar um estilo musical, ressaltar um solo ou criar uma atmosfera espacial e misteriosa. 

Confira também os

melhores pedaleiras de guitarra intermediárias

em nosso blog. 

Então, o que você está esperando? Acesse o Mercado Livre e confira incríveis modelos com os mais diferentes efeitos disponíveis para

pedal de guitarra

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